Às vezes ter alguns super-poderes é mais desvantagem do que privilégio. Explico.
Voar baixo nos dias de hoje tem sido especialmente sofrido. Minha superaudição tem me matado com a propaganda política, vomitada, ensurdecedora e repetidamente, pelos carros-de-som que rastejam pela cidade. Não dá pra bloquear. Eu ouço tudo. Infelizmente.
Sob o critério artístico, o quadro fica ainda pior. É um mal-gosto “musical”, uma pobreza de rimas, obrigatoriamente encaixadas em repetições de números. Lamento apenas que o compositor tenha que se curvar às absurdas normas legais eleitorais, onde o número do candidato conta mais que a pessoa dele.
Vale lembrar: “poluição” não é apenas a física, produzida pelo lixo resultante da campanha. Existe também a “poluição sonora”, a saturação auditiva do ambiente pelo barulho insuportável produzido com os maciços apelos eleitorais.
Quanto à poluição física, a notícia é das melhores. Nunca vi a cidade com tão poucos cartazes, pichações grotescas ou panfletagem. Esse ano eleitoral foi marcado pelas propagandas adesivadas em carros particulares. A cidade está mais limpa e agradece aos candidatos e cabos eleitorais, que se conscientizaram, e às autoridades, que impuseram o bem maior ao interesse circunstancializado.
Mas quanto ao segundo aspecto, as propagandas sonoras, nunca houve tanto incômodo, nunca houve tanta pobreza artística, nunca faltou tanta criatividade, nunca os decibéis chegaram tão alto (não mais que minha paciência).
Então é isso. Candidato porco não suja apenas o chão, mas o ar que você respira e que transporta o som que você ouve.
Quem sabe boicotando esses que podem abusar do bolso e da sua paciência ecológica, você dê oportunidade a outro, que não possa nem queira manejar esses instrumentos arcaicos de propaganda, que só subestimam a inteligência e impacientam o eleitor; permitindo assim eleições mais “limpas” no futuro.
Voar baixo nos dias de hoje tem sido especialmente sofrido. Minha superaudição tem me matado com a propaganda política, vomitada, ensurdecedora e repetidamente, pelos carros-de-som que rastejam pela cidade. Não dá pra bloquear. Eu ouço tudo. Infelizmente.
Sob o critério artístico, o quadro fica ainda pior. É um mal-gosto “musical”, uma pobreza de rimas, obrigatoriamente encaixadas em repetições de números. Lamento apenas que o compositor tenha que se curvar às absurdas normas legais eleitorais, onde o número do candidato conta mais que a pessoa dele.
Vale lembrar: “poluição” não é apenas a física, produzida pelo lixo resultante da campanha. Existe também a “poluição sonora”, a saturação auditiva do ambiente pelo barulho insuportável produzido com os maciços apelos eleitorais.
Quanto à poluição física, a notícia é das melhores. Nunca vi a cidade com tão poucos cartazes, pichações grotescas ou panfletagem. Esse ano eleitoral foi marcado pelas propagandas adesivadas em carros particulares. A cidade está mais limpa e agradece aos candidatos e cabos eleitorais, que se conscientizaram, e às autoridades, que impuseram o bem maior ao interesse circunstancializado.
Mas quanto ao segundo aspecto, as propagandas sonoras, nunca houve tanto incômodo, nunca houve tanta pobreza artística, nunca faltou tanta criatividade, nunca os decibéis chegaram tão alto (não mais que minha paciência).
Então é isso. Candidato porco não suja apenas o chão, mas o ar que você respira e que transporta o som que você ouve.
Quem sabe boicotando esses que podem abusar do bolso e da sua paciência ecológica, você dê oportunidade a outro, que não possa nem queira manejar esses instrumentos arcaicos de propaganda, que só subestimam a inteligência e impacientam o eleitor; permitindo assim eleições mais “limpas” no futuro.