terça-feira, agosto 26, 2008

Eu que não sei quase nada de mulher

Como diz Ana Carolina, ao advertir que não sabe quase nada do mar, eu que não sei quase nada de mulher, arrisco dizer que deve ser muito difícil de sê-las, mas, como mero expectador, vejo o quanto são meritosas as que o fazem com estilo, charme, graça e orgulho.


Não falo da dificuldade imposta pela sociedade, desde o nascimento, da gravidez à viuvez.


Não falo da luta cotidiana em casa e no trabalho, de turnos triplos, de mãe-profissional e profissional-mãe, trabalhando mais e ganhando menos.


Também não falo do encargo avolumado pela qualidade de homens que tem por aí, cada vez mais necessitados de mulheres-mãe.


Falo de tudo isso sem perder o cuidado consigo próprias, sem perder o zelo, a beleza, o charme, a alegria de estar de bem com a vida, o brilho no olhar e a luz no sorriso.


Eu mesmo não agüentaria tamanha tarefa. Se for pra ser super de novo, entro na fila dos superman´s. Mulher-maravilha é tarefa para poucas.


Ser homem é muito mais cômodo e fácil. Por isso ficamos mal acostumados. Sem variar muito, gastamos o mesmo tempo para nos aprontarmos para o trabalho ou para um casamento.


Já para a mulher, tudo é mais complicado: produção, cabelo, salão, maquiagem, unhas, sandália emprestada da tia da amiga da vizinha, que combina com a bolsa que está guardada no baú.


Fazer algo bem feito tem seus méritos. Mas há muito mais méritos em fazer bem feito o difícil e nem sempre agradável, como ser uma bela mulher.


Sugiro a leitura de um texto de quem entende um pouco mais que eu sobre essa complexidade: Flávio Gikovate, em “Reflexões sobre o Feminino”.