Hoje os jornais anunciaram incessantemente uma tragédia que se abateu sobre grande parte da nação.
Vi homens e mulheres aos prantos, com as mãos na cabeça sem acreditar no que viram, ligando para os parentes, buscando consolo.
Vi jovens que, desde que saíram das placentas de suas mães, jamais poderiam esperar o que viram, desolados, imaginando como será o seu futuro daqui pra frente.
Não caiu outro avião, nenhum prédio explodiu, não fomos invadidos por ninguém, não morreu ninguém importante; apenas o coríntians, que foi rebaixado para a segunda divisão.
O que muda na minha vida? Não sinto nada, mas espero ver o desânimo nas ruas, as piadas de gregos contra troianos, a revolta e, quiçá, a violência, sob a justificativa da neurose futebolística.