
Outro dia me perguntaram se eu sabia de uma oportunidade de emprego.
Respondi que ia ver se conhecia alguém que estivesse precisando daquele tipo de profissional.
A pessoa, talvez usando da liberdade que tem comigo, pediu a fórmula mágica da oferta e da demanda: “Mas tem que ser um emprego que ganhe muito e que trabalhe pouco, viu?”.
Devolvi a ousadia em tom de brincadeira (com o devido respeito a uma minoria): “Você não quer ser juíza de direito não?”.
E ela foi ainda mais longe e retrucou: “Nãaaoooo.... pra isso tem que ser formado e passar em concurso!!! É muito difícil”.
Já impaciente com a folga, disse: “Então entra pra política, vai ser candidata a alguma coisa, ora! Pra isso não se exige qualquer formação e paga-se bem até demais”.
E ela ainda me respondeu, desanimada: “Ahhh... mas pra isso precisa ter muito dinheiro e isso eu já não tenho!”.
Chegamos ao fim da conversa comigo sugerindo a ela investir na bolsa… na bolsa giratória nas esquinas da cidade, quem sabe assim ela chega a atuar um pouco em cada uma dessas áreas.
Ela abriu um sorriso animado e os olhos brilharam, como se já antevendo o sucesso do empreendimento.
Para o bom entendedor, esses parágrafos resumem a situação do país.