Como advertiu Paulo Coelho: “amar é não estar em paz”; porque quem ama nunca está em paz.
Mas a falta de paz do amor é uma coisa boa.
Não é a falta de paz do tipo que perturba, que angustia, que dá a sensação de que o tempo não passa, que os problemas não se resolvem e estão sempre ali, nos alertando de sua presença.
A falta de paz boa do amor faz o nosso coração acelerar sim, mas é de felicidade, de uma ansiedade saudável, porque queremos fazer o tempo passar mais rápido para reencontrarmos logo a pessoa amada.
E quando encontramos a pessoa amada, a falta de paz boa do amor suaviza o tempo. Ele passa devagar, parece não passar, passa não passando e termina sem avisar, assim de surpresa mesmo. Mas não tem importância. Para quem ama, um segundo diante do outro já é bom demais. Não foram Roberto e Erasmo Carlos que disseram: “na paz do seu sorriso meus sonhos realizo e te beijo feliz”? Pois bem.
A falta de paz do amor perturba de uma forma boa porque deixa sempre um gostinho de quero mais. E lá no fundo a gente sabe que o mais um pouquinho que a gente quer uma hora chega de novo.
Embora saiba que paz é incompatível com o amor, tudo que eu quero dele é que ele me traga paz. Porque se quem ama não está em paz, menos paz ainda há para aquele que não ama.
Boa sorte a todos aqueles que escolheram que tipo de falta de paz querem para as suas vidas.