Sexta-feira, 16h, uma loucura de trânsito.
Paro no semáforo e olho para o lado. Vejo uma criança de 3 anos em pé, no banco da frente do carro, sem cinto de segurança.
Olho pra cara da mãe da criança e não é a das mais amistosas.
Tenho que fazer alguma coisa. Sou um super-herói. Super-heróis não hesitam, senão não seriam heróis; senão não usariam capa e seriam à prova de balas.
Vou falar, mas lá vem bala! Ela vai dizer que a filha é dela, que eu não tenho nada com isso, me chamar disso e daquilo outro, mas a situação está bem definida: eu sou o herói, a vítima é a criança e a bandida, a mãe dela.
Falei. Veio chumbo. Disparou olhares e palavras. Nada de mais. Estou acostumado e nem senti. O objetivo maior foi alcançado: a criança foi pro banco de trás.
A invulnerabilidade é a compensação da exposição.
Mais um dia na vida do Superman.
Para o alto e avante!
Um comentário:
Passei um tempão refletindo quanto à esse blog e cheguei a conclusão de que vc foi perfeito na sua colocação. Por isso que vc é SUPER,mesmo!
Não devemos nunca ter medo de agir como super-heróis numa hora como essa. Não importa o que a pessoa vai achar ou dizer, mas o que importa é a segurança de um ser inocente que não tem culpa da displicência(às vezes justa)das pessoas que cuidam-na.
Vc tá coberto de razão!
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