Na última postagem falei de previsão do futuro. Descartei o determinismo e a fatalidade. Acredito mais em futuro provável, em programação, em sensibilidade.
Acredito que somos agentes das nossas vidas e não escravos do destino. Com sensibilidade, programamos e ajustamos constantemente o nosso rumo, de acordo com as nossas escolhas.
Como tão bem foi colocado nos comentários, se não houvesse escolhas a fazer e se não fossem essas escolhas quem determinassem o rumo de nossas vidas, na verdade nem existiria propriamente vida. Não haveria graça, surpresa, aprendizado, tombo e soerguimento, pois estaríamos presos na Matriz. Somente através das escolhas, exercemos a plenitude de nossa existência.
Na postagem de hoje trato justamente dessas escolhas na vida, da dificuldade que muitas vezes se manifesta o exercício do livre-arbítrio. Erramos e acertamos muito, mas o saldo é positivo. Aprendizado não se perde.
Dizem que a medida de nosso sucesso não são nossas conquistas, mas do que renunciamos para tê-las.
Quanto mais difícil o exercício do livre-arbítrio parece ser, maior se revela o aprendizado ali embutido. É o desapego e a renúncia, a coragem, o auto-controle, a responsabilidade, a maturidade, a disciplina, a experiência, enfim, são necessários um sem-número de escores, de qualificações, de habilidades desenvolvidas, que vamos acumulando ao longo da vida, para que encaremos desafios ainda maiores que os anteriores.
Não é por ser Super que estou isento de temer escolher errado. O medo faz parte da minha vida todos os dias, porque todos os dias faço escolhas. Umas mais, outras nem tanto, mas algumas terríveis de se decidir.
Quando lutar e quando recuar? O receio da kryptonita deve me impedir de lutar? Renunciar aos super-poderes para viver como homem comum, ou estar preparado para não ter uma vida comum por ter super-poderes? Ter uma vida comum como Super e expor as pessoas que amo às ameaças dos vilões, ou viver as confusões de uma dupla-identidade para protegê-los? A quem contar sobre meus poderes? Quando serei Clark, tímido, hesitante, paciente, pacato; e quando serei Super, arrojado, destemido, veloz e poderoso? Super tem amigos de verdade? Quem protege aquele que nos protege?
Insistir ou desistir? Dizer sempre a verdade, mesmo que fira, ou se omitir e ferir a mim mesmo? Agir sempre de acordo com os seus sentimentos? O quanto é nossa responsabilidade o sentimento dos outros?
Como se diz, experiência não são as coisas que nos acontecem, e sim o que fazemos com as coisas que nos acontecem. De mesmo modo, esses dilemas não constroem o nosso destino, e sim o que fazemos com eles, pois o verdadeiro erro é se omitir, é o não atuar, é o não participar da própria vida.
Boa sorte a todos que se enchem de coragem para participar da própria vida.
6 comentários:
Conectados!!!
Bju Bju
O destino é o que baralha as cartas, mas nós somos os que jogamos.
William Shakespeare
Bju Bju
eu continuo com a mesma opinião..Somos o resultados de nossas escolhas..
Se pode viver sem se importar com a própria vida,não correr a traz, ir a luta.. porém vc terá que arcar com o resultaodo disso.Não viver!! Passar pela vida e não ter vivido! O que é melhor, viver sem ter aborrecimentos com amigos, ou não tê-los? Eu fico com a opção de tê-los e me moldar a eles, e eles a mim.. isso é a vida...ESCOLHAS...E como vc falou.."em aprendizados nao existem perdas..." Só guanhamos... JULIANA..
Tu vai entender meu comentario...
aaaargh...disguuuuuuusting
O futuro não pode ser previsto, mas pode ser in-ven-ta-do sim!! Inventar o nosso futuro nos dá esperança para fazer de nós o que somos... ou não?
bejuuuu
Super, o comentário acima era pro texto "Seria tao bom prever o futuro", mas cabei escrevendo aqui... desculpas...
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