Muita gente busca a “pessoa da sua vida”, a sua “alma gêmea”, a “outra banda da laranja”, conforme o gosto de cada um. Mas o que poucos se perguntam é: quem vem a ser essa pessoa?
Eu já sei quem é a minha.
Ao pensar em referências de amor, atenção, zelo, respeito, do que dá ou não certo num relacionamento, vou sempre lembrar dela. Ela quem me estimula a seguir em frente.
Pessoas vêm e vão; relacionamentos são eternos enquanto duram e amores, com alguma sorte, viram boas amizades, mas não há presença mais duradoura que a figura da “ex”. A “ex” estará sempre na sua vida. “Ex” é pra vida toda!
Não há problema algum quando os relacionamentos terminam bem. A “ex” será sempre um prazer, alguém guardado com carinho no coração para o resto da vida.
O crítico é quando a “ex” deriva de algo mal resolvido, quando há mágoa, quando há sentimentos não correspondidos ou feridos. Desse jeito, a “ex” pode se transformar numa pedra no sapato que você terá que calçar durante o resto do seu caminhar. O único jeito de se livrar da “ex” é substituindo-a pela atual.
É difícil não encontrar alguém que não tenha “ex”. Só quem não teve qualquer relacionamento antes (ou durante) o atual, não sabe o que é isso.
Mesmo assim, acho que é melhor ter “ex”, mesmo que sejam muitas, do que não as ter.
Não as ter, para mim, soa como não ter vivido, não ter “ex-perimentado”, não ter errado, não ter tentado e, possivelmente, ter se acomodado em algo que não te realiza mais. Como saber se alguém é a pessoa de sua vida, se você não vive de verdade?
Pelo contrário, ter “ex” é ter experimentado e adquirido experiência, ter conhecido mais a si e à natureza humana, é se entender mais apto a acertar na próxima vez e ter construído amizades ternas e eternas. Como saber de relacionamentos sem ter passado por eles?
Errar faz parte do processo de acertar. É errando que se aprende; é se acomodando que se erra.
Não podemos ficar neutros o tempo todo. Faz parte da natureza humana a inquietude, a busca pelo melhor, o constante evoluir.
Passividade não é natural para a espécie humana, mas uma covarde adaptação causada pelos nossos medos atuais. Estar “em cima do muro” é algo que deve ser apenas passageiro, transitório, é o passar por estados muito bem definidos.
Como diz Osho, o equilíbrio não é substantivo, é verbo: equilibrar-se.